
CENÁRIO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Estamos indo mais à escola e universalizando o ensino. Já os desafios de aprendizagem ainda são enormes
Fonte: Todos Pela Educação (todospelaeducacao.org.br)
Foto: Imagem Ilustrativa (cacoal190.com / foto: Márcia Carvalho)
Aegundo a organização Todos Pela Educação, Os números da Educação Básica brasileira nunca são pequenos.
O atendimento escolar, dos 4 aos 17 anos, por exemplo, possui uma escala espantosa.
E mesmo assim, já estamos universalizando o ensino.
Já os desafios de aprendizagem, que também são enormes, ainda precisam de muito trabalho para serem vencidos.
Mas se conseguimos dar ensino para todos (o que não é nada fácil), temos certeza que podemos garantir um ensino melhor de norte a sul do país.
Só precisamos trabalhar juntos!
No Brasil, a Educação é Gigante Pela Própria Natureza
Dados de 21 de julho de 2018.
48,6 milhões de alunos.
É nove vezes a população inteira da Finlândia.
2,2 milhões de docentes.
É quase um terço dos professores dos países ibero-americanos juntos.
184,1 mil escolas.
Algumas são acessíveis apenas por barco.
96,4% das crianças e jovens estão na escola.
Esse número era de 48% em 1970. Realmente demos um salto no atendimento escolar dos 4 aos 17 anos, mas ainda temos 2,5 milhões fora da escola. Dá para melhorar.
41,5% dos jovens não concluem o ensino médio até os 19 anos.
Ou seja, quase metade dos jovens do país não chega nesse patamar.
24% das crianças não concluem o ensino fundamental até os 16 anos.
Ou seja, quase um quarto das crianças e quase metade dos jovens do país não chegam nesse patamar.
Estamos indo mais à escola, mas o problema é sair cedo demais.
Mas, ainda sim, o maior desafio é de aprendizagem.
Isso quer dizer que 55% das nossas crianças, de até 9 anos, não sabem escrever palavras como “pipoca”
Por que enfrentamos essa crise?
49% dos professores não recomendam a profissão.
Além disso, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, atualmente só 2,4% dos jovens, de 15 anos, querem ser professores.
Dez anos atrás, eram 7,5% dos jovens.
Como é possível aprender se os professores, nossas maiores referências no ensino, não desejam mais essa carreira?
Na escola, passamos apenas 1h44 aprendendo.
Esse é o tempo produtivo durante as 4,5 horas de período escolar.
É menos do que passamos assistindo a um filme comum.
E mesmo que conseguíssemos aprender durante todo o período, seria pouco.
Alunos dos países da OCDE passam até 7 horas por dia na escola.
Para 28% dos alunos, o material didático leva de 2 a 3 meses para chegar;
Para outros 28%, o material chega no primeiro mês de ensino.
Só 17% dos alunos recebem no primeiro dia.
20% das escolas públicas não possuem, ao menos, uma parte da estrutura básica.
Elas não possuem, ao menos, um desses itens: água tratada, energia, esgoto e banheiro dentro do prédio.
Geralmente, as escolas com pior infraestrutura atendem a população mais pobre.
Só 21% das crianças mais pobres aprendem português adequadamente.
Isso no 5º ano do ensino fundamental, e a porcentagem sobe para 56,4% no extrato das crianças mais ricas.
A diferença era de 35,4 pontos percentuais em 2013, mas já foi menor: em 2005, era de 19,6.
Só 41,8% dos jovens mais pobres terminam os estudos até os 19 anos.
Enquanto isso, 85% dos jovens mais ricos terminam na mesma idade.
Mais que o dobro em pontos percentuais.
No nordeste, só 45,1% terminam os estudos até os 19 anos.
Já no sudeste, a porcentagem sobe para 65,8%.
Ou seja, a desigualdade acontece regionalmente de norte a sul do país.
Só 36,2% das escolas de ensino fundamental possuem quadra de esportes.
Sem oportunidade para a prática de esportes nas escolas, as novas gerações brasileiras deixam de utilizar um poderoso instrumento para trabalhar competências importantes para a vida, como trabalho em equipe, igualdade, empoderamento feminino e inclusão.
O cenário é crítico, mas dá para mudar.
A educação não só pode, como deve ser de qualidade e para todos, independentemente de onde ou em quais condições vivam.
A organização Todos Pela Educação ouve a sociedade, especialistas e gestores, produzindo e divulgando conhecimento, monitorando as metas, informando dados confiáveis à imprensa e propondo novos caminhos e soluções.
Inclusive, coordena e participa ativamente de 5 iniciativas, esforços concentrados para transformar a educação em diferentes dimensões:
Educação já
Financiamento e equidade
Profissão professor
Observatório do PNE
Reduca.
Fonte: Todos Pela Educação (todospelaeducacao.org.br)